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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

E wuando chega a noite... ru nao consigo dormir

A Noite
Tiê Palavras não bastam, não dá pra entender E esse medo que cresce não para É uma história que se complicou Eu sei bem o porquê Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços Me entorta as costas e dá um cansaço A maldade do tempo fez eu me afastar de você E quando chega a noite e eu não consigo dormir Meu coração acelera e eu sozinha aqui Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão Pro tanto que eu te queria o perto nunca bastava E essa proximidade não dava Me perdi no que era real e no que eu inventei Reescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer E te dedico uma linda história confessa Nem a maldade do tempo consegue me afastar de você Te contei tantos segredos que já não eram só meus ♡ https://m.youtube.com/watch?v=1Ngn3fZIK2E&feature=share

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Todos os sonhos do mundo ♡

FERNANDO PESSOA Poesias de Álvaro de Campos TABACARIA Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo. Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada. Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, E não tivesse mais irmandade com as coisas Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada De dentro da minha cabeça, E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida. Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu. Estou hoje dividido entre a lealdade que devo À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro. Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. A aprendizagem que me deram, Desci dela pela janela das traseiras da casa. Fui até ao campo com grandes propósitos. Mas lá encontrei só ervas e árvores, E quando havia gente era igual à outra. Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar? Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos! Gênio? Neste momento Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu, E a história não marcará, quem sabe?, nem um, Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras. Não, não creio em mim. Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas! Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo? Não, nem em mim... Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando? Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas - Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -, E quem sabe se realizáveis, Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente? O mundo é para quem nasce para o conquistar E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão. Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez. Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo, Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu. Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda, Ainda que não more nela; Serei sempre o que não nasceu para isso; Serei sempre só o que tinha qualidades; Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta, E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira, E ouviu a voz de Deus num poço tapado. Crer em mim? Não, nem em nada. Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo, E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha. Escravos cardíacos das estrelas, Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama; Mas acordamos e ele é opaco, Levantamo-nos e ele é alheio, Saímos de casa e ele é a terra inteira, Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido. (Come chocolates, pequena; Come chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria. Come, pequena suja, come! Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes! Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho, Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.) Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei A caligrafia rápida destes versos, Pórtico partido para o Impossível. Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas, Nobre ao menos no gesto largo com que atiro A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas, E fico em casa sem camisa. (Tu que consolas, que não existes e por isso consolas, Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva, Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta, Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida, Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua, Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais, Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê - Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire! Meu coração é um balde despejado. Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco A mim mesmo e não encontro nada. Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta. Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam, Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam, Vejo os cães que também existem, E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo, E tudo isto é estrangeiro, como tudo.) Vivi, estudei, amei e até cri, E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu. Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira, E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso); Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime. Essência musical dos meus versos inúteis, Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse, E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte, Calcando aos pés a consciência de estar existindo, Como um tapete em que um bêbado tropeça Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada. Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta. Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada E com o desconforto da alma mal-entendendo. Ele morrerá e eu morrerei. Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos. A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também. Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta, E a língua em que foram escritos os versos. Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu. Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas, Sempre uma coisa defronte da outra, Sempre uma coisa tão inútil como a outra, Sempre o impossível tão estúpido como o real, Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície, Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra. Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?) E a realidade plausível cai de repente em cima de mim. Semiergo-me enérgico, convencido, humano, E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário. Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos. Sigo o fumo como uma rota própria, E gozo, num momento sensitivo e competente, A libertação de todas as especulações E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto. Depois deito-me para trás na cadeira E continuo fumando. Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando. (Se eu casasse com a filha da minha lavadeira Talvez fosse feliz.) Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela. O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?). Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica. (O Dono da Tabacaria chegou à porta.) Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me. Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu. Álvaro de Campos, 15-1-1928

Controvérsias

terça-feira, 29 de novembro de 2016

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Que você seja feliz!

Bom diaaa, excelente texto
"Que você consiga uma casa maior, mas que quase todos os cômodos fiquem vazios por sua família estar unida ao redor de uma única mesa. Que você compre o carro dos seus sonhos, e descubra que ele pode ficar parado na garagem enquanto você caminha de mãos dadas por um parque. Que você realize o desejo de comprar uma TV enorme, 3D, com home theater, mas que ela permaneça desligada durante o jantar, para que você possa ouvir como foi maravilhoso o dia da sua família. Que sua conta bancária esteja satisfatoriamente recheada, mas sobretudo, que você tenha em seu bolso um ou dois reais para comprar algodão doce e saboreá-lo sujando os dedos. Que você tenha um excelente plano de saúde, mas que se esqueça que ele existe por não precisar usá-lo. Que você jante em badalados restaurantes para descobrir que a maior chef que existe, cozinha todos os dias dentro da sua casa. Que sua internet trafegue em altíssima velocidade, mas que sua melhor rede seja aquela pendurada entre duas árvores, onde você possa ouvir os pássaros cantarem. Que você tenha um smartphone de última geração, mas que não precise usá-lo para dizer às pessoas mais importantes da sua vida o quanto elas são especiais. Que você tenha um tablet, mas que use mais as pontas dos seus dedos para fazer cafunés do que para mandar e-mails. Que você possa comprar boas roupas, bolsas e relógios, mas que sua verdadeira marca seja a "inspiração" deixada pelos lugares por onde passará. E que assim, conquistando tudo o que você sempre quis, você descubra que mais importante do que aquilo que você tem, é o que você faz com tudo o que conquistou."

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Você está sempre na minha mente! Eu e minha história de amor, sem final feliz...

Sem você (é foda)

Um calor do cão Um frio de rachar Tudo aqui parece estar fora do lugar Uma sensação difícil de explicar Tudo aqui parece estar fora do lugar O dia, a noite Terra, fogo, água e ar Sem você fica tudo fora do lugar A bandeira tricolor na sacada em frente ao mar A caça e o caçador saindo pra jantar A fila do cinema, o sistema fora do ar Tudo aqui parece estar fora do lugar O sul, o norte Terra, fogo, água e ar Sem você tudo fica fora do lugar Sem você tudo fica fora do lugar Fora de foco, difícil de enxergar Sem você tudo fica fora do lugar Fora de si...foda de se aguentar

domingo, 14 de agosto de 2016

Let's go

O Sol não pode viver perto da Lua

Flor E O Espinho Tire o seu sorriso do caminho Que eu quero passar com a minha dor Hoje pra você eu sou espinho Espinho não machuca a flor Eu só errei quando juntei minh'alma a sua O sol não pode viver perto da lua Tire o seu sorriso do caminho Que eu quero passar com a minha dor Hoje pra você eu sou espinho Espinho não machuca a flor Eu só errei quando juntei minh'alma a sua O sol não pode viver perto da lua É no espelho que eu vejo a minha magoa A minha dor e os meus olhos rasos d'água Eu na sua vida já fui uma flor Hoje sou espinho em seu amor Eu só errei quando juntei minh'alma a sua O sol não pode viver perto da lua Tire o seu sorriso do caminho Que eu quero passar com a minha dor Que eu quero passar com a minha dor (Nelson Cavaquinho)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Você tem que dançar conforme a música... Love is Blind ♡

Eles dizem amor, o amor é cego E o amor verdadeiro é difícil de encontrar Isso faz você pensar E agora você é notícia de ontem No amargo fim de um namoro Algumas você ganha, outras você perde Porque o amor é cego O amor é cego Eles dizem que o tempo irá curar a dor Mas cedo ou tarde voltará de novo Mas não tenha raiva que seu coração pode se enganar Quando os velhos e familiares sentimentos cantarem a mesma canção Porque o amor é cego O amor é cego Agora seus dias São passados se preparando Para as noites Que você dormirá sozinho Faz você pensar Por que você nunca aprende com o passado Pois esta não é a primeira vez querida E não há de ser a última Porque o amor O amor é cego eh chato (2x) O amor é cego Então se o amor, o amor é cego E amor verdadeiro é tão difícil de encontrar Existe só um remédio para passar a dor Você tem que dançar conforme a música E começar tudo de novo Porque o amor O amor é cego (9x) O amor é cego Love is blind - David Coverdale

—vertigo ver te comigo.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Ela é de Libra… Ela é libriana, daquelas feitas de puro carisma, bondade, delicadeza e indecisão, o que a faz levar uma vida inteira baseada em “Deveria ter escolhido a outra opção” e nunca sabe qual caminho seguir. Não é difícil se apaixonar por ela, com todo aquele charme e simpatia, é daquelas que você gosta na primeira, se apaixona na segunda e perde a cabeça na terceira. Ela vai do caos à calmaria em 2 segundos e vice versa, do gostar ao tanto faz também. Ela segue a linha do 99% de dúvidas e 1% de certeza, muitas vezes parece não saber ao certo o que quer, mas quando ela quer é porque quer mesmo, e ela é persistente o suficiente para tentar até conseguir. Ela é como uma camaleoa que se adapta ao ambiente e vai da ópera ao forró sem descer do salto e nem perder a elegância, aliás essa é uma das suas grandes qualidades. Intelectual, entende de todos os assuntos e vai saber conversar sobre tudo contigo, será o teu colo mas também o teu puxão de orelha se for preciso. Ela tem sempre os melhores conselhos, apesar de que ela mesmo quase nunca os vai seguir. Ela é daquelas que sempre se dá bem com todo mundo, aliás, ela faz de tudo para que aqueles que estão próximos a ela fiquem sempre bem, mesmo que ela própria não esteja tão bem assim. Ela odeia brigas ou barracos, mas odeia ainda mais injustiças, principalmente com aqueles que ama e para defendê-los ela vira uma leoa. Ela pode até parecer a garota perfeita, mas tem defeitos também, é dramática, a ponto de fazer uma tempestade em tampinha de garrafa. Ela não é muito organizada e também não sabe dizer não e, por isso, acaba se perdendo no meio de tantos convites e desmarcando tudo na última hora para ficar vendo filmes sozinha em casa, pois ela não tem nenhum problema em ficar na sua própria companhia. Confusa e indecisa ao extremo, a sua balança está sempre tentando se equilibrar, mas vez ou outra – ou quase sempre – ela pende para o lado errado e é nessa hora que ela se decepciona. Se ela se apaixonar por você, tenha a certeza que terá um amor para toda a vida, daqueles dignos dos romances de cinema. Ela gosta de romantismo, mas a sua vida é uma eterna comédia romântica, onde nem sempre se dá bem no final. Ela cai muitas vezes, mas sempre se levanta mais forte, pois ela ainda conserva a esperança e conta sempre um pouco com a sorte. Ela se dá bem com todos os signos, pois leva um pouco de cada um deles dentro de si e consegue ser muitas mulheres em uma só. Ela é de libra, mas será o zodíaco inteiro, se assim desejar. Texto de Carla Rocha

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Passe o tempo que passar. Tu és insubstituivel pra mim ...

"você é parte da minha existência, parte de mim. você esteve em cada linha que já li, você esteve em cada possibilidade que eu já vi. no rio, nas velas dos navios, nos pântanos, nas nuvens, na luz, na escuridão, no vento, na floresta, no mar, nas ruas. você foi a personificação de cada sonho bonito que a minha mente já conheceu. até a última hora da minha vida, você não tem escolha, mas permanece parte de mim. parte do que houver em mim, parte do mal." charles dickens - grandes esperanças.

terça-feira, 12 de julho de 2016

"Quando eu estiver morto... Suplico que nao me mate, não... Dentro de ti ♡