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quarta-feira, 20 de junho de 2012

De quem são os ídolos, as culpas, as vírgulas dos beijos?


Quero-te para além das coisas justas
e dos dias cheios de grandezas.
A dor não tem significado quando me roubam
as árvores as ágatas, as águas.
O meu sol vem de dentro do teu corpo,
a tua voz respira a minha voz.
De quem são os ídolos, as culpas,
as vírgulas dos beijos?
Discuto esta noite apenas o pudor
de preferir-te entre as coisas vivas.
-


Joaquim Pessoa, À Mesa do Amor










Com um sorriso estendes-me o céu como tapete mas as tuas palavras são estrelas ninja com me rasgas o peito…
Acaricias-me a carne dilacerada, com o vento morno do teu olhar mas cuidas-me as feridas com unguento de sal e cicuta…
O amor que desesperadamente assassinas é o mesmo monstro que em mar de sôfregas lágrimas, adoras…
O fosso de saudade que herculeamente cavas com a tua ausência é o campo de forças indómito que nos une…
Lanças-me, anjo negro, o beijo mais apetecido, mas a paixão que semeamos é Fénix nas chamas do desejo renascida…
Morra ela de nós, feda pútrida no mais fundo dos abismos, extinga-se no limiar da eternidade, se a cada sístole, o teu sangue não gritar o meu nome. 

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