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quinta-feira, 7 de junho de 2012
Faço nosso o meu segredo mais sincero...
Aquele gosto amargo do teu corpo
Ficou na minha boca por mais tempo
De amargo então salgado ficou doce
Assim que o teu cheiro forte e lento
Fez casa nos meus braços e ainda leve
Forte, cego e tenso fez saber
Que ainda era muito e muito pouco
Faço nosso o meu segredo mais sincero
E desafio o instinto dissonante
A insegurança não me ataca quando erro
E o teu momento passa a ser o meu instante
E o teu medo de ter medo de ter medo
Não faz da minha força confusão
Teu corpo é meu espelho e em ti navego
E eu sei que a tua correnteza
Não tem direção
Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
A motor e insistir em usar os remos
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque
Não vemos.
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