Milonga Noturna
As sombras da madrugada se esparramam pelo chão
Confundindo a solitária alma na rua da solidão
Prende o suspiro tranca a respiração
Te acerca de cuidado, olha pro lado
Presta atenção
No caminho as folhas dançam a sinfonia da escuridão
Que o minuano brejeiro entoa na voz da imaginação
Como eu queria me encontrar
Mais uma vez em tal lugar
Onde eu pudesse desfrutar
Novamente das gotas de orvalho que eu bebi daquela rosa
Cada passo que desvenda os vivos vultos do rincão
É um a menos na jornada solitária ao galpão
O passar pela estrada tem da lua o clarão
Parceiro silencioso risca as sombras pelo chão
O cheiro do mato envolto em breu gelado da estação
Me carrega não de medo mas cautela precaução
Como eu queria me encontrar
Mais uma vez em tal lugar
Onde eu pudesse desfrutar
Novamente das gotas de orvalho que eu bebi daquela rosa
♥
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