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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Se eu não fosse tão pequena na minha imensidão e tão imersa na minha pequenez, quem sabe o mundo não fosse tão grande visto daqui… Visto de onde nem todas as estrelas saem de trás das nuvens.

o vento sacode a água das nuvens, rompe a chuva. graças ao desequilíbrio líquido que os corpos de qualquer natureza expressiva apresentam em sua excrescência. o escoamento dos acúmulos através de uma superfície pouco a pouco envelhecida, os músculos continuam os mesmos e as dores continuarão mudando. os sorrisos descascam as máscaras. a loucura escorre para os seios dos bueiros que todos carregamos. os raios apagam os letreiros, o céu tem de se suicidar e viver por milhares de minutos de segundos infinitos. por entre poças esquecidas e palavras mortas na calçada. o hálito da libertação do mar o salva, o céu, o avermelhamento da tarde, o vapor movimentando o corpo de uma nuvem. seu corpo injetado num copo de ânimo. pra quê fugir da chuva? chova. suas roupas já estão molhadas. chova com a corrente naturalidade da alma em desacumular.








E a vida é assim, te vira, revira, mexe, remexe, bate, espanca, machuca, destroça, esmaga, tortura, sufoca, maltrata, agride, machuca, abala, corrói, destrói, mas depois constrói tudo de novo.

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