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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sou assim: quero devorar-te a vida de todas as maneiras.



Sobes pela minha vida com essa força abissal que me move a suspender o tempo em palavras que dançam no gesto cálido de sonhos contigo.
 Sei mais do que ninguém o quanto é mais fácil deixar-me flutuar no imediato da tristeza, mas hoje resolvi rasgá-la até à desfiguração da alegria.
 Estou farta deste mundo sem tesão. 
Ganhaste.
Viciei-me na alegria de estar contigo, inclinada sobre as tuas frases, ardendo de desejo sobre o teu corpo. Ganhaste, aqui me tens, deslumbrada e impaciente, 
queimando nesse sangue quente que avança até aos ossos, 
salivando na imagem do teu sorriso que beijo com os olhos vezes sem conta...
Sabes? 
Pois fique sabendo que dois segundos do seu tempo comigo, restituem-me um prazer que já me tinha esquecido. 
Gemo na distração de um livro que traz o teu nome, danço solta na sensualidade indecente de te revelar a alma na pouca roupa do corpo.
 Agora o meu mundo é esse teu olhar à dar vida aos meus, 
essas tuas mãos a abrigarem a fragilidade das minhas.
 Há cem milhões de estrelas, 
só na nossa galáxia, e em todas elas o teu olhar protetor existe, cintilação que dá direção na noite mais escura de mim...
Sou assim: quero devorar-te a vida de todas as maneiras.
...


Não paro de ser, existo demasiado em tudo...

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