E a seiva é branca nas veias escuras das árvores sorrindo flores para o sol a fertilizar a noite em abraços fecundos.
Mesmo que longe dos olhos, do palco de uma superfície quieta a abrigar movimentos vulcânicos. Solo contaminado de vida fértil, a sonhar mais do que um sonho subindo rubro por sobre os caules sangrando folhas na cúmplice ventura de mãos mais verdes. A água é lâmina abrindo sementes num desespero frágil a invocar espinhos, onde abrem-se bocas vermelhas de rosas sangue. Com o corpo em pétalas na ternura das magnólias ao chacolhar dos ventos, dilacera à terra os dedos...
Em sentidos que só a noite pode ver.
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