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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Sabes, Eu sou Tu.


I whisper of the tombs.




O destino nunca muda, e a areia permanece quente sob os pés fixos no vazio dos caminhos intocados.
A voz solitária no deserto segura o teu nome na boca, sem hieroglifos à interromper essa expulsão sagrada feita do verbo chamar(te)...
Sabes, Eu sou Tu.
O que chamo é invisível aos olhos, mas tão nítido ao coração. E da travessia nas dunas desenhando minha própria silhueta, fica-se o cheiro voluptuoso do sonhar tuas pegadas. Tua ansiada presença é sede a crescer-me nos lábios tão apenas mudos diante da prece das palavras escoradas no silêncio da ternura.
Sabes, Tu sou Eu.
...os olhos recuaram para o interior dos sarcófagos a guardarem faraônicos desejos, presença repousada no silêncio da linguagem embalsamada com aroma de alfazema. São gavetas do tempo repletas de papiros entoando a preço de morte o manifestar da luz do dia, o conceder da vida no sacrifício da semente...
Sabes, por que não somos nós?



Egito
Siga o nilo
Fundo a mais fundo.
O som das pirâmides é solitário hoje à noite.

As areias ficam vermelhas rapidamente
Nas terras dos faraós
Sua simetria entra bem dentro de mim.

Eu não posso parar para confortá-los.
Estou ocupado caçando meu demônio.
Eu não posso parar para confortá-los.
Estou ocupado caçando meu demônio.
Oh, eu estou apaixonada.
Pelo egito.

Minha gatinha rainha
Sabe de todos meus segredos.
Eu nunca me apaixonarei de novo.
Eu me amontôo com as dunas.
Eu sussurro dos túmulos.
Oferecem-me prazeres egípcios.

Ela me tem com aquele guizo de gato.
Tem-me naqueles olhos do deserto.
Ela me tem com aquele guizo de gato.
Tem-me naqueles olhos do deserto.
Oh estou apaixonada
Pelo egito.



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