Não existo. Ou melhor, existo pouco, muito pouco.
É como se o mundo fosse um gigantesco backstage e a luz do palco o brilho do teu olhar.
Começo a existir no exato momento que me notas. No resto do tempo, sou opaco, cinza, irreal.
Vivo não mais que a duração de um aceno ou um sorriso teu, depois, apago-me novamente e apenas visto esse sorriso que me deste.
Uma mera imitação, na vã esperança de que a lembrança deste sorriso teu, dure mais alguns instantes em mim.
Com esse vago reflexo teu, estende-se um pouco mais a minha existência e vivo nesse resquício de luz, num misto de alegria e saudade.
Existo pouco, pois só existo com teu sorriso.
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