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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

In The White


Talvez tu não saibas...

Mas sou sempre a que permanece. A que aguarda no silêncio demorado de um único gesto vindo de fora, a absolvição de uma espera que disse-te feitiço do tempo, esse velho impostor. E nunca adormeço, há um ruído ensurdecedor de uma lucidez vigilante no espelho, que rebenta a arquitetura em mil cacos. Deixando o núcleo a descoberto no flagra do espelho que assombrosamente continua intacto. Para refletir obstinado e demoníaco uma história demasiado conhecida, deja vu, nessas mãos trêmulas folheando um livro branco que gesto nenhum ousa preencher...
Sim, sou um fantasma
Que estrebucha e sangra encerrado na fome insaciável das tuas veias.








No branco

Você está em si ou está fora
As palavras são pedras na minha boca
Quieto pequeno bebê, não chore
A verdade cai
Aparece em meu olho

Passando a temporada no interior
Novos pregos em toda a minha pele
Mas quem sou eu para implicar
Que eu fui encontrado
Aquele que te encontrou no branco

Para vencer isso
Eu fico com uma
pacata tarde fria de novembro
Se você não vê
Vou permanecer invisível
Até lá na hora de ser lembrado

Então, eu tinha uma luz verde
Eu estava perdido na cidade das luzes
Não longe de uma tentativa
Este não é o nosso último adeus

Então eu achei que você
Encontraria uma maneira através de todos
A calma do interior, fria escuridão
E agora que você está aqui
Ele se torna tão claro
Tenho esperado por você sempre

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