Total de visualizações de página

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Mas... sabe?




Escrevo o que me sobra. 
Despejo frases de mim porque transbordo.
 Me moldo para que em mim, eu caiba. 
E para amadurecer, retoco minhas bordas. 
Mas... sabe? 
Há uma beleza em mim em ser mais do que eu devia. 
Há uma plenitude maior em meu ser quando me dou em palavra. 
Eu tenho que ter fala, porque calada sou apenas pedaço. 
Gosto me inteira. 
Só assim me basto.
 Preciso das minhas verdades, mesmo aquelas incertas. 
Aquilo que me pertence não resta em silêncio. 
Não adormece com a noite. 
Não se engole com um copo d’água. 
Por isso, deixa eu escrever pra você quando me der vontade, mesmo que nem todos  poemas sejam sobre nós dois. 
Mesmo que nem toda história tenha um final feliz. 
Quando penso em você lembro de como nossos caminhos se desencontraram. 
Procurei muitas respostas, revirei muita coisa pra entender, talvez, até as que não eram para serem entendidas - como a tua capacidade de me fazer rir toda vez que eu estava brava. 
Como teu carinho em retribuição do meu cuidado. 
Como teu jeito de me olhar pra não me afastar.
Eu vejo algumas coisas agora, elas não são totalmente claras, mas caminham para. 
Você me deu amor também. 
Mas era diferente do meu, hoje sei. 
Me desculpe por não ter entendido que nosso encontro era paralelo. 
Que teu amor era derivado. 
Eu mesma me confundi pra ter aquilo que eu precisava, não é? 
Eu precisei do teu abraço de “fica em casa hoje”. 
Precisei do teu beijo com língua de descoberta. 
Precisei da tua pele com toque de desejo. 
Precisei da tua barba de homem macho. 
Eu fiz de você o que eu queria pra mim e esqueci de aceitar o que me era dado.
Esqueci de enxergar que o tanto que a gente se ama, é só um jeito diferente do outro amar.

Nenhum comentário: